terça-feira, 11 de agosto de 2009

MANAÓS NOSSA HISTÓRIA





chico da silva



Terça-feira, Março 31, 2009
MANÁOS


















CHICO DA SILVA


Foi registrado como Francisco Ferreira da Silva, conhecidíssimo no Brasil afora como Chico da Silva, é compositor e cantor, nasceu em Parintins, no Amazonas; atingiu o auge do sucesso nacional na década de 80, algumas das suas composições foram interpretadas pela Alcione.
Curti alguns vinis do Chico, lembro de algumas músicas que marcaram a nossa época, tais como: Pandeiro É Meu Nome – Tempo Bom – Esquadrão do Samba – Deus Menino – É Preciso Muito Amor – Tudo Mudou – Convite A Roberto Carlos – O Barba Azul – Me Leva Contigo – Dinorá – A Solidão Inundou Esta Cidade – Festa Da Rezadeira – Por Trás do Pano – Sonhos De Amanhã.

O Chico é vermelho de coração, fez inúmeras toadas para o Boi Garantido: Vermelho – Boi de Carmo – Festa da Raça – Sonho de Liberdade – Um Beijo na Palma da Mão – Garantido 2000, depois foi para o Boi Caprichoso, compôs: Gavião Real – Paraponera – Azul – Bailarina - Mana Manaus – O Poeta e o Versador – Amor é o meu Nome – Sina de Caboclo. Pouco tempo depois, voltou para o seu boizinho do coração vermelho na testa.

A letra de Mana Manaus é mais ou menos assim:

Mana mana Manaus
Mana mana Manaus

No coração da hiléia
Tu és soberana cidade matriz

O rio Negro teu ciúme, teu costume
Abraça forte teu terraço fluvial
O rio Amazonas viageiro te paquera
Nesse manto florestal

Vila da Barra, tu és monumental
Entalhada pelos teus igarapés

Mana Manaus
Bela arte manauara
Os teus palácios, o teatro, a catedral
A relumear, sob o céu da Amazônia
Os teus poetas, tuas danças e bumbás

Mana manô
Minha fada, meu conto de amor
O orgulho e encanto do amazonense
E do Boi Caprichoso.

Conhecí o Chico quando fazia parte do conjunto "Os Amigos do Som", formado pelo Agnaldo do Samba, Mariolindo, Saci da Aparecida, Lúcio Bahia, Manoel Batera & Cia.
Teve alguns problemas de saúde, perdeu um pouco a voz, conseguiu recupera-la para a alegria do seu imenso fã clube; faz ainda muito sucesso nos clubes de Manaus.
O Chico é nosso irmão, as suas composições fazem parte dos bens imateriais do nosso patrimônio cultural. Valeu Chico!





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Quinta-feira, Março 26, 2009
PRAÇA DA POLÍCIA, ATUAL HELIODORO BALBI - REINAUGURAÇÃO




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PALACETE PROVINCIAL - PASSADO E PRESENTE





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Quarta-feira, Março 25, 2009
REINAUGURAÇÃO DO PALACETE PROVINCIAL E DA PRAÇA HELIODORO BALBI.







O governo do Estado do Amazonas, através da Secretaria de Cultura, na pessoa do Dr. Robério Braga, está de parabéns pela entrega à população de Manaus do complexo da antiga Praça da Polícia, consistindo do Palacete Provincial e das praças Heliodoro Balbi, Gonçalves Dias e Roosevelt.

No prédio, estão expostos os museus de Numismática (moedas), Tiradentes (roupas, armamentos e documentos da Polícia Militar), Esculturas (adquiridas do museu de Louvre, na França), Imagem e Som (450 peças de vídeos, fotos, slides, DVDs e CDs que contam a história do Amazonas), além do Atelier do Restauro, Gabinete do Comandante, Salas para Shows, Oficina de Arte e Exposições. No porão, encontramos o Bar São Jorge e o famosíssimo Café do Pina.

A praça voltou ao que era no tempo da Belle Époque, está uma maravilha! Iluminação perfeita, segurança 24 horas, chafariz, barracas no estilo neoclássico para a venda de livros antigos “sebo”, além de disponibilizar o sinal para Internet sem fio.

O meu amigo Celestino, foi o primeiro a colocar a sua banquinha de livros na Praça da Polícia, ficou durantes anos sob chuva e sol; merecidamente ganhou um novo lugar para expor os seus livros (foto) - Sebo O Alienista.

Com este trabalho de recuperação dos monumentos histórico de Manaus, sinto que agora vai, teremos de fato a revitalização da amada Manaus.
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Terça-feira, Março 24, 2009
S. O. S. ENCONTRO DAS ÁGUAS




Fotos: José Martins Rocha
1. Manifestantes no Dia Mundial da Água;
2. O Encontro das Águas;
3. Jovem protestando contra a construção do Porto das Lajes.


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Segunda-feira, Março 23, 2009
DIA MUNDIAL DA ÁGUA - COMEMORAÇÃO E PROTESTO EM MANAUS




No dia 23 do corrente foi comemorada O Dia Mundial da Água, criado pela ONU em 1993, através da Resolução nº A/RES/47/93, de acordo com com as recomendações da Conferencia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (Agenda 21).

Em Manaus, participei da comemoração do evento, juntamento com os membros do Grupo SOS Encontro das Águas e Amigos de Manaus – AMANA, a concentração foi na Bola do Aleixo; partimos em carreata até o Mirante do Encontro das Águas (projeto elaborado pelo Oscar Niemeyer, orçado em quinhentos mil reais, o valor foi pago mas as obras ainda não sairam do papel), onde ouvimos os pronunciamentos dos lideres comunitários e dos membros de vários segmentos da sociedade civil organizada.

Posteriormente, seguimos para a Colônia Antonio Aleixo, zone leste; paramos no flutuante 11 de Maio (local de diversão dos moradores), seguimos em três embarcações com destino ao Encontro das àguas (Rio Negro e Solimões).

No Encontra das Águas, a biológa Elisa Wandeli, liderou o movimento de comemoração ao dia da água e, do protesto contra a contrução do Porto das Lajes (empreedimento privado, orçado em R$ 220 milhoes, um mega projeto contestado por todos os moradores, pois irá acabar o Lago do Aleixo, além da degradação de todo o entorno do Encontro das Águas). Não me contive, deu uns pulos da embarção no encontro dos rios, foi uma sensação inesquecivel!

No retorno, fiz amizade com o Miguel Cruz, secretário do Partido Verde (PV), prometi visitar a sede partido e assinar a minha ficha de inscrição (será a minha primeira filiação a uma agremiação partidária).

Com a missão cumprida, catarolamos felizes a música do maestro Adelson Santos: Não mate a mata, não mate a mata, o negro não se mistura com o amarelo...


Fotos: José Martins Rocha
Protesto no Mirante do Encontra das Águas
Entrado do Lago do Aleixo
Manifestantes no Encontro das àguas
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Sábado, Março 21, 2009
BAR DO BOI CAPRICHOSO E GARANTIDO EM MANAUS





Hoje é sábado, dia de brincadeira de boi! Parece coisa da nossa infância, mas não é!Começou a temporada bovina no Centro de Convenções em Manaus (complexo desportivo-cultural).
A festa começa às dez da noite e vai até as quatro da manhã de domingo. Passei por lá antes do show, tirei algumas fotos para postar no nosso blog. O palco é uma beleza, mostra a criatividade dos parintinense; ao fundo figura o grupo Canto da Mata na passagem do som; a outra foto é do pessoal da Marujada de Guerra, com destaque para o meu amigo Leônidas (quarenta anos de Caprichoso).
Esta festa consiste na apresentação dos levantadores (cantores), apresentando toadas (músicas) dos anos anteriores e os lançamentos para 2009, além dos itens oficiais para a nova temporada: pajé, cunhã-poranga, sinhazinha da fazenda, boi de pano, tribos indígenas, novos bailados (passos da dança), batucada e marujada de guerra, torcidas organizadas, etc. O objetivo maior é a arrecadação de recursos para a apresentação dos bois na cidade de Parintins (município do baixo Amazonas).
Os bois caprichoso (azul e branco) e garantido (vermelho e branco), revezam aos sábados, apresentando a cada semana um show temático, levando uma multidão às suas apresentações.
Frequento os currais faz quinze anos; comecei no clube da TVLANDIA (hoje é um grande centro de compras), mas a cada final de semana sinto uma emoção inigualável. As minhas duas filhas adoram e o velho aqui também!
Conheço várias pessoas, a maioria considerada “intelectual”, possuidora de um ódio mortal dessa manifestação popular; os argumentos são diversos: - alegam a carnavalização do evento, uso indevido da cultura indígena, alem da não representação fiel da nossa cultura. Respeito à opinião de todos, mas não embarco nesta onda, aliás, embarco mesmo é para Parintins.
A viagem é uma oportunidade impar de apreciar as inúmeras belezas da nossa Amazônia e, em terra firme comer Bodó com tucupi, passear de quadriciculo, fazer amizade com os nossos irmãos e irmãs caboclos, dormir em rede, tomar banhos nos igarapés, detonar todas as geladas, tirar fotos e assistir ao espetáculo grandioso na arena do Bumbodromo.

Chega de carnaval, forró, brega e etecetara e tal, o momento agora é curtir a nossa grande festa popular: dançar e brincar na festa de boi - Parintins, Caprichoso, Garantindo, Rio Amazonas, Bumbodromo, Bodó, Toada, Marujada, Batucada, Arlindo Júnior, David Assayag, Waldir Santana, Canto da Mata, Tony Medeiros, Fogos de Artifícios, Ritual, Geladas, Tacacá, tudo a ver!
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MANAUS ANTIGA





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Sexta-feira, Março 20, 2009
O GANSO DO CAPITÓLIO
Às vésperas do doutor Plínio Ramos Coêlho assumir o seu primeiro mandato de governador do Amazonas, o vespertino "A Tarde", do jornalista Aristophano Antony, publicava duas notas oficiais do Gabinete do governador em exercício, deputado Perseverando da Trindade Garcia. A primeira nota convidava "as autoridades civis, militares e eclesiásticas e o povo em geral" para a posse do novo governador, no dia 31 de janeiro de 1955. Dizia a segunda nota: "(...) de ordem do Exmo. Sr. Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, a partir de 0 hora do dia 29 do corrente a guarda do Palácio Rio Negro e a manutenção da ordem pública nesta capital ficarão sob as ordens do Exmo. Sr. Cel. Comte. da Guarnição Federal do Amazonas". Era semelhante o teor da nota oficial do Comando da Guarnição Federal do Amazonas, publicada na mesma edição do mesmo jornal: "(...) em cumprimento a uma ordem do Exmo. Sr. Presidente da República, a guarda do Palácio Rio Negro e a manutenção da ordem pública desta capital ficarão a cargo do Comte. da Guarnição Federal do Amazonas, a partir de 0 hora do dia 29 de janeiro de 1955".É possível que o destacamento de forças federais para garantir a ordem pública tenha sido uma demonstração desnecessária de zelo do presidente Café Filho, mas a verdade é que aquele era um momento político de grande tensão em Manaus. A recente eleição de Plínio Coêlho para o Governo estadual significava o rompimento da estrutura de poder que se consolidara no Amazonas a partir de 1930 com a liderança carismática de Álvaro Maia e se desintegrara no último governo do grande tuxaua, acumulando pesados débitos econômico-sociais. Plínio era uma esperança para o povo e uma ameaça para as elites. Acostumadas à sombra confortável do Poder, elas temiam a perda de status político-social, o confronto com o ideário nacionalista-trabalhista do novo governador – que favorecia naturalmente a ascensão das lideranças sindicais.O temor das elites não parecia ser tão infundado.Plínio Ramos Coêlho era o líder de maior importância entre os políticos amazonenses que se tinham revelado com a queda da ditadura getulista em 1945. Advogado, jornalista, ele levantava as massas com a sua oratória brilhante e a sua posição firme e vigilante em defesa dos interesses dos trabalhadores e da moralidade da administração pública – o que lhe valeu ser chamado de "o Ganso do Capitólio". Elegera-se sucessivamente deputado estadual constituinte em 1947 e deputado federal em 1950, quando apoiara a candidatura do doutor Álvaro Maia para o Governo estadual, mas não tardara a romper a aliança com o pessedismo e tornar-se o mais duro crítico do alvarismo. Assumira a liderança da oposição, comandando o seu partido, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), e acabava de ganhar as eleições de 3 de outubro de 1954, vencendo o candidato situacionista ao Governo, Ruy Araújo, e selando a derrota de Álvaro Maia, que se desincompatibilizara do Governo do estado para concorrer ao Senado.A consagração de Plínio Ramos Coêlho sinalizava o ocaso da longa trajetória política de Alvaro Botelho Maia.O perfil econômico-social do Amazonas era desanimador. Na débil estrutura de produção daqueles tempos, o capital era um fator muito escasso. Os municípios do interior estavam reduzidos a portos de lenha. Em Manaus, os grandes referenciais da riqueza da borracha ameaçavam desfazer-se. Os prédios públicos deterioravam-se. O sistema de energia elétrica estava em colapso. Os bondes sumiam dos trilhos, agravando a situação dos transportes coletivos. Os funcionários públicos faziam enormes filas à porta da Fazenda Pública para receber minguados salários com sete meses de atraso."A situação do Estado é a de u’a massa falida, (...) mas, ajudado pelo Capital privado, irei criar o clima de pleno emprêgo, a fim de que todos tenham trabalho conforme suas aptidões", dizia o doutor Plínio em sua primeira Mensagem à Assembléia Legislativa, 45 dias depois de tomar posse no Governo.O clima de pleno emprego era por certo uma utopia. Mas era possível governar produtivamente em tempos de muita pobreza. Plínio queria aumentar a participação do Estado na economia, expandindo a estrutura de serviços públicos e fomentando a industrialização. E perseguia obstinadamente os seus objetivos.No afã de privilegiar o interesse público, impor austeridade a uma estrutura de administração muito desgastada e gerar a credibilidade indispensável para atrair investimentos, Plínio contrariou interesses, plantou inimizades e certamente cometeu equívocos. Mas conseguiu executar boa parte de um programa de Governo muito ousado para o Amazonas daquele tempo, que incluía, entre outros itens, a profissionalização da administração estadual, o desenvolvimento de recursos humanos, o saneamento das finanças públicas, a reestruturação do sistema tributário estadual, a ampliação da infra-estrutura viária, e a criação de um leque de empresas de economia mista, com a finalidade de dinamizar serviços essenciais, como alimentação e transportes, fomentar a capacidade empreendedora, implantar projetos industriais dedicados ao aproveitamento de matéria-prima regional.Nesse cenário de mudanças, Plínio criou o Banco do Estado do Amazonas, a Transportamazon, a Alimentamazon, a Papelamazon, a Cimentamazon, a Faculdade de Ciências Econômicas, instituiu o sistema estadual de arrecadação tributária, assentou colonos japoneses na Estrada Manaus-Itaquatiara; comprou e instalou uma usina flutuante, tentando reverter o quadro de falência do sistema de energia elétrica.Plínio Ramos Coêlho governou até o último dia do seu mandato (31 de janeiro de 1959). Quatro anos depois voltou ao Poder, eleito mais uma vez pelo voto popular, mas governou pouco mais de um ano e dois meses. Foi deposto pelos militares na noite de 14 de junho de 1964, quando presidia o Festival Folclórico na extinta praça General Osório.O arbítrio sufocou a carreira política de Plínio Coêlho.Plínio foi cassado, preso, injustiçado.Amargurado, desencantado, Plínio recolheu-se ao convívio da família e de amigos fiéis. Dedicou-se à advocacia e ao magistério superior. Deixou-se ficar rodeado de livros – lendo, estudando, escrevendo, fazendo poesias.Plínio foi empurrado para longe do povo, mas o povo não o esqueceu.Como há quarenta e tantos anos, quando a cidade tinha cerca de 10% da população que tem hoje e o governador abria as portas do Palácio para receber os cidadãos em audiência pública, o povo foi ao encontro do doutor Plínio Coêlho na tarde e na noite de domingo, 5 de agosto de 2001, na madrugada e na manhã do dia seguinte.Aquelas pessoas anônimas foram chegando cheias de emoção. Simples, quase todas humildes, algumas já idosas, elas foram entrando sem cerimônia no Palácio Rio Negro, em busca do reencontro com o amigo querido que não viam há tanto tempo.Em silêncio, falaram de saudade.

(*) Etelvina Garcia é jornalista. E-mail: eng@argo.com.br
Fonte: Secretaria de Cultura do Estado do Amazonas: www.sec.am.gov.br
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Quinta-feira, Março 19, 2009
ÔNIBUS ZEPELLIN PASSANDO EM FRENTE AO COLÉGIO ESTADUAL D. PEDRO II


Este estranho veículo era denominado de ZEPPELIN, segundo alguns historiadores paraenses, os ônibus foram construídos em São Luis, no Maranhão, na década de 40, posteriormente foram enviados para Belém e Manaus. A criação foi da Viação Sul Americana e construídos na São Jorge de Ribamar Ltda. A carroceria era de madeira, ferro e flandres, com pintura externa de alumínio. O interior era de couro alcochoado e tripulado por “Rodomoças” bem no estilo das Aeromoças das companhias de aviação.
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MANAUS ANTIGA E A FOTO DO BLOB
Hélcio Tagliolatto
Bauru-SP
helcio@infinitapaisagem.com




Rocha,
Vagando pela internet descobri seu blog. Uma grata surpresa ver alguém escrevendo sobre Manaus sem ranço regionalista e com visão de futuro!

Morei em Manaus de 1985 a 2000, e me dói ver o inacreditável patrimônio histórico dessa cidade dilapidado, em primeira instância pela expansão da época militarista e depois pelo descaso das autoridades locais que, com a complacência de um povo em sua maioria migrante recente, sem identificação com a terra, nem liga para destruição, destruição essa que ocorreu de 1990 para frente. Tomara que você consiga manter o blog aberto e atuante. Eu não encontrei onde deixar comentários, por isso mandei e-mail.


Se me permite, apenas para divulgação dos créditos, a foto que abre o blog, da avenida Eduardo Ribeiro, é de autoria de George Huebner, e foi colorizada por Libânio do Amaral, irmão de Crispin do Amaral, que decorou parte do teatro Amazonas. É uma das mais spetaculares daquela época.


Tenho também muita coisa de Manaus e inclusive alguns cartões comentados, da época do bombardeio, bastante interessantes, que posso lhe enviar. Acho muito legal que, ao colocar as fotos, você geralmente comenta sobre a cidade e os riscos que ela corre. Tem muita gente divulgando a cidade, mas de forma leviana, achando tudo lindo e maravilhoso, mas não toma posições firmes contra as elucubrações de governantes.


Seria triste se Manaus se tornasse apenas mais uma cidade grande brasileira: bagunçada, desorganizada. Mas creio que com gente se manifestando publicamente, como você faz (e eu vi que o blog é bastante visitado) há esperança de que a cidade não se perca na modernidade e esqueça seu passado. (sempre me emociono quando vejo as fotos, notadamente as do atelier de Huebner & Amaral (Photographia Allemã) e noto a cidade impecável.


Não conhecia a foto da avenida Eduardo Ribeiro, tirada do que penso ser o IEA e ainda com o casarão dos Miranda Correa: a cidade limpa, bela, sem fios, urbanização de primeira, a Paris das Selvas, caso único no mundo.


Uma vez eu estava fotografando o que sobrou de um dos mais antigos prédios de Manaus, uma das lojas atacadas pelo "turco-circuito" no início da Rua dos Andradas: um sujeito grande, quase não falava português, de barba, tentou me bater. Dá para você ver as verdadeiras intenções. Esse povo tinha de estar na cadeia.
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Quarta-feira, Março 18, 2009
PERSONAGENS DE MANAUS: COCOTA E LAMEGO

O jornalista Orlando Farias, juntamente com o Mário Adolfo, Simão Pessoa e Marcos Gomes, publicaram o livro “Amor de Bica”, no ano de 2005, editado pelo Coletivo Gens da Selva, com o apoio da Secretaria de Cultura do Amazonas. Nas páginas 24, 25 e 26, comentam sobre duas figuras da cidade de Manaus: Cocota e Lamego. O título é bastante sugestivo: “Dois Fenômenos, Duas Lendas”, é mais ou menos assim:

(... A BICA respira mesmo ares muito civilizado. Dois casos são clássicos e reveladores da oxigenação do ambiente. O ex-fora da lei Euler Silva, o popular “Cocota”, e o policial Lamego, que se fez acompanhar durante muito tempo pela suspeita de matador e maligno.

Cocota é uma lenda da Praça São Sebastião (hoje Largo) e de seus arredores, tendo se envolvido com tráfico de drogas e outros pequenos ilícitos. Lamego foi objeto de muitas reportagens citado sempre como exterminador. A acusação ele sempre rechaçou “ - Na verdade, fui apenas duro no cumprimento da lei e no combate permanente com os bandidos”, ressalva hoje.

Lamego admite que deve muito a BICA e aos estudos, aos quais resolveu se debruçar após 30 anos, pela superação definitiva daquele triste drama. “Na BICA, eu me purifiquei bebendo na experiência de vida de muitos amigos”, conta Lamego. Diz que aprendeu boas doses de humanismo, de ética e de democracia. “Hoje eu sou muito mais ponderado, crítico e devoto uma importância grande aos estudos”, diz.

Lamego continua investigador de ponta da Policia Civil, mas tem um grande orgulho na vida, conseguiu concluir um curso superior e ser Psicólogo, profissão que já começa a exercer, ao mesmo tempo em que vai levando adiante os estudos de pós-graduação.

Cocota, por sua vez, aprontou tudo o que tinha direito. Foi morar na rua protegido por uma companhia lendária – a de uma cadela, cujo maior feito foi tê-lo esperado dois meses à porta do presídio Raimundo Vidal Pessoa. No dia em que de lá saiu, dois meses após um flagrante por levar consigo algumas trouxinhas de maconha, lá estava a cadela à sua espera.

Cocota jamais foi um homem perigoso à sociedade. Na verdade, naufragou sob o impacto das ondas ditadas pelas mazelas sociais e do banzeiro da mediocridade das estruturas do Estado, que não lhe permitiram, em detrimento da vida, ser um simples vagabundo.

A história de Cocota foi muito bem ilustrada pelo jornalista Inácio Oliveira, biqueiro, numa reportagem no jornal Amazonas em Tempo e legou um título inesquecível: “Admirável Vagabundo”. Mais recentemente, no ano de 2003, Cocota foi motivo novamente de uma reportagem levada a efeito pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Amazonas. Ele foi identificado com um dos muitos casos de pessoas que não viraram reféns do crime, após entrar em seus subterrâneos e deles sair intacto.

Cocota foi se retirando dos submundos pela ação assistencial da igreja capuchinha de frei Fulgêncio Monacelli e com a ajuda de muitos biqueiros, com destaque para o psiquiatra Rogelio Casado e o delegado aposentado Trindade.

Reabilitado socialmente, sem dever nada à Justiça ou à sociedade, Cocota cumpre uma missão pra lá de louvável a qualquer ser vivente que habite esse planetinha azul tão açoitado por impactos das guerras, das revoluções industriais e tecnológicas que se sucedem e das devastadoras perdas impostas pela exploração criminosa das matérias-primas. Cocota coordena no Paricatuba (margem direita do rio Negro, em frente da cidade de Manaus) um projeto de reprodução de mudas nativas da Amazônia para reflorestar áreas degradadas da floresta...)

É isso ai, a história desses dois amigos é prá lá de interessante; o Lamego continua estudando, agora é acadêmico de Direito, futuramente será um Delegado de Polícia. O Cocota continua nas suas idas e vindas de Paricatuba; lá é hóspede cativo do Paulo Mamulengo, aqui em Manaus prefere ficar dormindo na Rua Marcílio Dias, em frente a Casa do Trabalhador! Continua sendo o nosso eterno admirável vagabundo.

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Terça-feira, Março 17, 2009
CORONEL JORGE TEIXEIRA DE OLIVEIRA


O Coronel Jorge Teixeira, conhecido por "Teixeirão", figura como o primeiro da lista dos prefeitos de Manaus, o conhecido top of mind; pode perguntar em qualquer esquina, principalmente dos que já passaram dos cinqüenta anos, será com certeza o mais lembrado!

Foi nomeado prefeito de Manaus em 15 de abril de 1975, pelo então governador Henock da Silva Reis e recebeu a PMM pelas mãos do presidente da Câmara Municipal e prefeito interino, Ruy Adriano de Araújo Jorge. Um dos marcos da sua administração foi a implantação do Plano de Desenvolvimento Local Integrado (PDLI), que foi logo transformando em lei e posto em execução.




O coronel Jorge Teixeira foi também o último governador do antigo Território Federal de Rondônia e o primeiro governador do novo Estado. Ele foi nomeado pelo Presidente da República João Baptista de Oliveira Figueiredo, assumindo o cargo em 10 de abril de 1979. Sua principal tarefa era transformar o Território Federal de Rondônia em Estado.

Jorge Teixeira de Oliveira nasceu em 03 de junho de 1921, na cidade de General Câmara, Rio Grande do Sul. Filho de Adamastor Teixeira de Oliveira e Durvalina Estibem de Oliveira. Tinha curso superior, formado pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), na turma de 1947. Fez mestrado em Educação Física, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1963. Casou-se com dona Aida Fibiger de Oliveira, e teve dois filhos, Rui Guilherme Fibiger Teixeira de Oliveira e Tsuyoshi Myamoto (criação). Enquanto esteve no exército, foi o criador e primeiro comandante do Centro de instrução de guerra na selva e primeiro comandante do Colégio Militar de Manaus (CMM).


A Avenida Djalma Batista, uma das principais vias de ligação dos bairros ao centro, foi umas das importantes obras do prefeito. Uma justa homenagem ao Teixeirão foi a criação do bairro Jorge Teixeira, pelo então prefeito Arthur Virgílio Neto, em 14 de março de 1989, com a distribuição de lotes para pessoas carentes, principalmente do bairro do São José.

SELVA! Este famoso brado é também devido a ele; ecoa por toda a Amazônia. Grande guerreiro, cumpriu a sua missão na terra, com bravura, honradez e amor para com o povo brasileiro e a sua pátria. Selva!
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Segunda-feira, Março 16, 2009
FOTOS DE MANAUS ANTIGA




















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ILUSTRES AMAZONENSES: PLÍNIO COELHO/PERICLES/ANDRÉ ARAÚJO









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Sábado, Março 14, 2009
FAMÍLIA AMAZONENSE DO INÍCIO DO SÉCULO PASSADO


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IGREJA MATRIZ DA NOSSA SENHORA DE CONCEIÇÃO


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Sexta-feira, Março 13, 2009
SAPATEIROS E ENGRAXATES
Segundo a Wikipédia, a enciclopédia livre ; “a tradição remete ao ano de 1806 o nascimento do ofício de engraxate, quando um operário poliu em sinal de respeito às botas de um general francês e foi recompensado com uma moeda de ouro por isto. Durante a Segunda Guerra Mundial apareceram os “sciusciàs”, garotos que para ganhar qualquer coisa lustravam as botas dos militares, além de terem cópias de jornais, goma de mascar e doces. Após a imigração italiana aparece, por volta de 1877, na cidade de São Paulo, os primeiros engraxates. No início eram poucos, de 10 a 14 anos, todos italianos e percorriam as ruas, das 6 horas da manhã até a noite, com uma pequena caixa de madeira com suas latas, escovas e outros objetos”.


Ao escrever sobre a Rua Marechal Deodoro e o prédio do J. G. Araújo, lembrei dos sapateiros e engraxates que ficavam na Avenida Eduardo Ribeiro, ao lado Pag & Lev. Com o incêndio do prédio, foram deslocados para o Largo da Matriz, entre a Avenida Sete de Setembro até a entrada do antigo Aviaquário. Até com os engraxates praticamos a fidelidade; faz décadas que procuro os serviços de um senhor, nunca perguntei o seu nome; enquanto ele faz a meia-sola (coisa de pobre!) conversamos sobre diversos assuntos, sem saber o seu nome de batismo ou apelido!

O mais tradicional sapateiro de Manaus chamava-se Oscar, morador da Rua Igarapé de Manaus, executava os seus serviços na Rua Lobo Dàlmada, além de ser o bamba na sua profissão, era também um campeão de pesca de Tucunaré; uma vez o homem pegou até um Peixe-espada (Trichiurus lepturus), uma raridade no Rio Amazonas, pois é peixe de água salgada.

Um caso de chocou Manaus na década de 70, foi quando o empresário Figueiredo, proprietário da Pensão Maranhense e do lupanar Verônica (hoje Millennium Center), seviciou e matou o engraxate Walderglace.

Atualmente, os engraxates não são privilegio somente dos marmanjos, até as mulheres estão entrando no mercado de trabalho. Atendendo aos novos preceitos do marketing, encontramos jovens engraxates, vestidos de paletó e gravata, na Praça do Caranguejo, no Eldorado, zona centro sul de Manaus. Por sinal, o Sebrae/Am possui um projeto chamado “Pés com Sapatos Brilhantes”, ministrando cursos de Excelência em Liderança (ELI) para garotos que vivem em situação de risco social em Manaus.

Quem freqüenta o Largo de São Sebastião, conhece o engraxate Sebastião Queiroz, conhecido por Tim Maria, o cara é polivalente: além de polir o “pisante” dos bacanas, faz uns biscates no Bar do Armando e no Salão Brasil, vende pipocas, é gari da Tumpex, empresta money para muito nego surubim (liso, mas cheio de pinta!), além de ser considerado o engraxate oficial de alguns membros do judiciário.

Vai uma engraxada aí tio? Apenas um real! Com a crise que ora atravessamos, com certeza meia-sola não será mais coisa de pobre, a profissão estará em alta!

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ENCONTRO DOS RIOS
E as águas se encontraram
negramente
café-com-leitemente

É um encontro
numa separação nítida
divisória

Parece ilusão mágica
esta drástica separação
o café puro
o puro leite
se torna creme

O universo treme e
se escoa
no mundo criador
de uma canoa

Um encontro ou desencontro?
encontro da lágrima
ou sorriso do pranto?
alegria do mito
ou tristeza do fato?
amor infinito
ou desamor caricato?

Negro-Solimões
barro em suspensão
solidez
negra
decomposição
divisória das águas
separação nítida e
coerente: - Sou café.
- Sou leite, minha gente!
O leite serpenteia,
invade a solidão negra
O negro serpenteia
repele a pálida invasão
e num sorriso
ácido-amarelo
fingem dar as mãos


João Bosco Seabra
9223-4855
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Quinta-feira, Março 12, 2009
RUA MARECHAL DEODORO - FOTOS 2009





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Quarta-feira, Março 11, 2009
RUA MARECHAL DEODORO, CENTRO DE MANAUS
A Rua Marechal Deodoro, situada no centro antigo, foi recentemente, palco de muita peleja entre o Ministério Público do Estado (MPE), a Prefeitura de Manaus (PMM), os comerciantes e os eternos camelôs.

O MPE por meio de uma Ação Civil Pública com pedido de liminar, determinou a PMM/Implurb a retirada de 330 metros de cobertura de policarbonato, com a justificativa de que a “obra” realizada pelo então prefeito Alfredo Nascimento, desfigura e mutila os prédios históricos, além de criar sérios entraves para a entrada de carros dos bombeiros para debelar um incêndio. Bato palmas pela iniciativa!


Trabalhei na área, o meu primeiro emprego foi na loja Central de Ferragens, depois fui para a Importadora Souza Arnaud. Conheço muito bem a esperteza de certos comerciantes, detonavam as suas lojas falidas com o famoso “turco-circuito”; muitos prédios viraram cinzas; lamento muito o que aconteceu com o prédio do J. G. Araújo - Quem da época não lembra do Pague & Lev, Salão Fígaro Del Rey, a Calçada de Borracha e da Galeria Avenida? Foi tudo consumido pelo fogo. Uma das fotos acima, mostra somente a "casca" de um dos prédios do JG.

Vamos falar de saudade, com a ajuda de um colega amazonense Dr. Fernando Marques, conseguimos enumerar alguns empreendimentos antigos da nossa querida Rua Marechal Deodoro: Drogaria Rosas, Banco Ultramaniro (foto), AABB, J. G. Araújo (foto), J. Leite, High Life Bar, Antônio M. Henriques (foto), Souza Arnaud, Central de Ferragens (foto), Correios, I. B. Sabá, Eletro Ferro, Andrade Santos, C. Goulart, Matos Areosa, Casa Carioca, etc.

Passei por lá após a retirada do trambolho, o local está mais atraente, apesar da sujeira. Não consegui visualizar totalmente os prédios antigos, em decorrência da poluição visual das fachadas das lojas (lixeira publicitária). É chamado de “Shopping Céu Aberto Bate-Palmas” (foto), nome bastante sugestivo ou não?

Louvo novamente a ação do MPE e, aproveito para chamar a atenção dos governantes e dos empresários para atentarem com maior cuidado e respeito ao nosso patrimônio histórico; estou de olho!


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Terça-feira, Março 10, 2009
PRÉDIO DA CHEFATURA DE POLÍCIA




O Palácio da Chefatura de Polícia foi projetado pela empresa carioca Irmãos Rossi, em 1904. A sua construção realizou—se na administração do Interventor Álvaro Maia, em 1938. A execução da obra ocorreu com pequenas alterações, mas não fugia à proposta dos Irmãos Rossi para esse edifício. O prédio, que deveria abrigar a Chefatura de Polícia, destinou-se a ser o Palácio Rio Branco e, atualmente, é a Assembléia Legislativa do Estado. Constantino Nery, em sua mensagem lida em 10 de julho de 1905, faz a seguinte menção: “Será este edifício um dos mais bellos de Manaós, apropriado ao fim a que é destinado, está sendo construído no local da antiga Cadeia Pública, e na praça mais concorrida desta cidade.”






Fonte: Biblioteca Virtual do Amazonas
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AVENIDA SETE DE SETEMBRO I - ENTRE A GETÚLIO VARGAS E JOAQUIM NABUCO - LADO ESQUERDO

Carmelia Esteves de Castro

História local de uma quadra, pequeno trecho de uma Avenida. Suas casas, seus habitantes por cinco gerações. A mudança de feição e a certeza insofismável da ciclicidade da vida.Esquina da Avenida Getúlio Vargas com a Sete de Setembro (do lado esquerdo), encravado no Cine-Teatro Polyteama, o Bar do Vasconcelos, arena e palco de efervecência política e "pancadaria" dos discentes do vizinho Gymnasio Amazonense D. Pedro II e ele, Vasconcelos, com educação e fidalguia, ímpar, reverteu esse quadro, transformando o Bar em Sorveteria. Ponto de encontro, não somente dos Professores e alunos, mas também, das famílias amazonenses.Tempos depois o Bar-Sorveteria passou para o Adriano (Adriano Ruiz, descendente de espanhóis), assim permanecendo até ser adquirido pela empresa que também comprou o Cine-Teatro. Atualmente, tanto o Bar-Sorveteria quanto o Cinema deram lugar ao CORTEZ, Câmbio e Turismo.O Cine-Teatro Polyteama, cuja bilheteria e porta de entrada se localizava na Getúlio Vargas e as de saída, grandes e largas, para dar vazão aos usuários, para a sete de setembro. Pertencente a Empresa J. Fontenelle, de propriedade do odontólogo Jonas Fontenelle, homem versado nas letras, e famoso como poeta, que além deste espaço, mantinha o Cine Odeon (localizado em área nobre  Av. Eduardo Ribeiro  para atender a elite) e o Cine Popular (no final da Av. Joaquim Nabuco, próximo a Praça Santos Dumont, voltado para os menos abastados).Subindo a Rua Municipal ainda pelo lado esquerdo (atual 7 de setembro), localizava-se o Colégio Júlia Barjonas, famosa por seus métodos educacionais e que na década de 1950 passou a ser habitada por um dos membros da tradicional família Cohen, que mantinha próximo ao portão, um exuberante "pé" de Bela-da-Noite, que perfumava a rua toda. Vizinha a esta, a residência do Dr. Waldemar Pedrosa, advogado emérito, Procurador Geral da República e posteriormente Senador pelo Amazonas. Ambas as residências deram espaço para o hoje, Edifício Antônio Simões. Mas, antes de virar Edifício, a antiga casa do Dr. Waldemar Pedrosa, serviu de residência do Professor do Instituto de Educação do Amazonas, Alberto Corrêa e posteriormente, pertencendo a um outro proprietário, foi transformada em Restaurante Mexicano, alvo da curiosidade dos vizinhos, pelas pinturas típicas das paredes, música regional mexicana, tocada em alto volume e gastronomia exótica.Na seqüência, a imponente construção em estilo colonial, a residência do Governador do Estado, Dr. Jonathas Pedrosa, pai de seu ilustre vizinho, Waldemar Pedrosa. Construção de dois pisos, edificada na porção mais elevada e central do terreno, também de dois planos, fazendo frente para a Sete e portão dos "fundos", para a Rua Lauro Cavalcante.Após o falecimento do proprietário, o ex-governador, a casa se manteve fechada por um longo período e revitalizada, passou a abrigar um hotel de uma francesa, depois o Colégio Santo Antônio (administrado pelo Professor Alfredo Garcia), após, a sede do Luso Sporting Clube e, em finais da década de 1930, início de 1940, foi transformado no Colégio São Francisco de Assis, cuja Diretora, Dona Barbosinha (genitora do competente médico, Dr. Menandro Tapajós), foi responsável pela formação de centenas de estudantes. Aposentada, Dona Barbosinha, assumiu o Colégio, sua afilhada Leonor, que algum tempo depois contraiu núpcias com o Professor Fueth Paulo Mourão, que exerceu o magistério nas mais tradicionais Instituições de Ensino de Manaus (notadamente, IEA, D. Pedro II, Dom Bosco e Maria Auxiliadora, além de também ter pertencido a Seccional do Ministério de Educação no Amazonas).Sob a direção de Fueth e Leonor, o Colégio São Francisco de Assis, oferecia os serviços de Internato, Semi-internato e Externato. Da primeira categoria, era usuária a ex-Secretária de Educação e Cultura do Amazonas, Professora Emina Mustafá além de outras figuras ilustres da cidade. Desta fase, nascidos aí, os gêmeos Paulo e Dora, Assis, Malu e Mazé. (esta última jornalista destacada e mãe do bailarino internacional, Marcelo Mourão), as noites intermináveis de piano a quatro mãos, no casarão da frente (Paulinho e eu, que saudade! Assis dividindo o teclado comigo ao som de... "um pato / vinha cantando alegremente / quem, quem !... crianças que vi crescer!) e o sonho de Fueth, de construir um prédio de dois andares, em forma de L, homenagem a Leonor. O prédio antigo foi demolido, parte do L foi erguido e o Professor Fueth partiu. O colégio entrou em colapso, fez convênio com a Secretaria de Educação e passou a funcionar como anexo do Pedro II. Depois, alugado, abrigou o Colégio Einsten e depois o INSS. Atualmente um novo "espigão" ocupa o espaço.Ao lado do São Francisco, a Vila Xavier (em homenagem ao médico e proprietário da Vila, Dr. Xavier de Albuquerque). Por aí passaram: Aldagisa Fleury com o marido (na 1ª casa), depois Alegria e Flora Cohen. A família Castro (da Usina de Sal, porque no casarão da frente, do outro lado da avenida, morava o Castro do Guaraná-Brasil e depois Pajé), a Góes, a Vieira (do qual era membro o cirurgião plástico Cláudio Vieira), o Padre Ruas com a mãe (D. Emília), as irmãs Ruiz (Mercedez e Vitória) e...,até mesmo o Cartório Hélio.Na casa ao lado, na Av. 7de Setembro, a Professora de primeiras letas, D. Lydia Facundo do Valle (irmã da D.Yayá, proprietária do Cine Avenida, na Eduardo Ribeiro). Na terceira casa, pertencente ao complexo da vila, na parte externa, residia o Sr. Alcebíades Langbeck e D. Neném.Atualmente, a casa das irmãs Cohen, serve de residência a Carlos Quinzen Rodrigues e o térreo, abriga uma das lojas de sua família (Foto Nascimento). A da Dona Lydia, agora é ocupada pela Madame Joly, de perfumaria. A casa do casal Langbeck, posteriormente habitada por Carlos Aglair e seus descendentes, Evandro Socorro, Auxiliadora e Geraldo, dos quais, "Socorrito" (a teatróloga Beckinha), foi a que me deu mais trabalho. Hoje abriga o "Lima Color", num prédio de 3 andares.Já não mais pertencendo ao "Complexo da Vila", construção erguida por Joaquim de Figueiredo (literato, na época, funcionário do Banco Ultramarino), posteriormente adquirida por D. Libânia Carreira e seu cônjuge Jorge, que mantinha sua residência no primeiro piso e no térreo, uma doceria. Chamada pelos vizinhos de D. Libanita, ministrava aulas de culinária, para as senhoras da sociedade. No momento atual serve de residência a Nelcy Benjamim, que no piso térreo, mantém uma casa de confecções, especializada em Skate.Seguindo pela Sete de Setembro, em direção a Av. Joaquim Nabuco, originalmente, trecho do terreno baldio, da Vila Xavier até o prédio da esquina, era utilizado como depósito de lenha do Sombra; Bar na esquina do lado direito da Sete, foi edificada uma construção de dois blocos. Num, funcionando como Escola de Datilografia (Royalt) e a outra, mais recuada, a residência do Dr. Ademar Thury e sua esposa D. Ilma. Tempos depois, a residência deu lugar a uma outra Loja da Foto Nascimento e a Residência, que durante um período abrigou a Lima Color, encontra-se abandonada, alvo dos grafiteiros.O atual Sombra Palace Hotel, ocupa área, onde originalmente existia um casarão assobradado, sendo que no piso térreo funcionavam diversas lojas e no primeiro andar a residência do genro do Sr.Torres mais conhecido como Sombra. A família era composta pelo patriarca José Loureiro, sua esposa Julia e seus filhos Zeca e Toninho.Da janela do outro lado da Avenida, imagens foram se sucedendo, modificando a paisagem, por onde passaram figuras ilustres (nobres políticos, personalidades locais, nacionais como Martha Rocha, Miss Brasil e Getúlio Vargas, Presidente do País, e internacionais, como Craveiro Lopes, Presidente de Portugal) e a Banda da Polícia Militar, que saindo do Quartel à Praça Heliodoro Balbi desfilava tocando até o Palácio Rio Negro, Sede do Governo, onde uma vez por semana a Bandeira Nacional era hasteada, ao término, no seu retorno, desfilava entoando marchas militares. Alegria da garotada!(*) Carmelia Esteves de Castro é Escpecialista em História pelo CADES-MEC, exerceu Magistério no Colégio Dom Pedro II e IEA e Direção e Vice-Direção no Colégio Comercial Ruy Barbosa e Colégio Comercial São Luiz Gonzaga, respectivamente.Foto: Acervo particular de Maria de Lourdes Archer Pinto.
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Segunda-feira, Março 09, 2009
CIDADE FLUTUANTE
O quintal da minha casa
AURÉLIO MICHILES
Para o dr. P. E. Vanzolini



Cidade Flutuante, com suas ruas sinuosas, boiando no rio. O seu
comércio funcionando 24 horas e movimentando uma economia paralela, um
reduto da boemia, rufiões, prostitutas, contrabandistas, ladrões, poetas, escritores e turistas em busca do eldorado ou simplesmente comer um jaraqui frito com baião-de-dois.
Na Amazônia, esse tipo de edificações flutuantes, a falta de conforto e de saneamento básico é compensada pela natureza generosa – estima-se que duzentas mil toneladas de peixes por ano são geradas na malha aquática amazônica.
Cada pessoa consome mais de quarenta quilos de peixe por ano. Um valor bastante alto se compararmos ao consumo de peixes de outras regiões do Brasil.

Mas a Cidade Flutuante não agradava ao olhar da elite conservadora, causava
vergonha e desconfiança. Numa época em que essas mesmas pessoas não davam bola para a paisagem à beira rio, eram os pobres que a ocupavam com suas casas de arquitetura ribeirinha.
A elite construía suas residências no sentido norte, em direção ao fundo da selva. Ao contrário dos dias de hoje, quando o movimento é inverso, os pobres são expulsos para dar lugar aos condomínios fechados a margem do rio.

Apareceram na Cidade Flutuante algumas senhoras dizendo que estavam fazendo uma pesquisa para melhorar a vida dos moradores. “Essa favela de palafitas perdeu o controle, está crescendo despudoradamente. Agora, vocês serão transferidos para a terra firme e vão morar num verdadeiro bairro residencial”.

Foi o sinal para o início da longa temporada da Ditadura Militar. Não demorou a chegar às balsas, e quem pôde salvar alguma madeira, zinco, gamelas, cuias, palhas, recortes de revistas e fotos para reutilizar em suas novas casas o fez, mas quem não conseguiu acabou por contemplar a sua casa amarrada e arrastada por grossas correntes de ferro.
O rio encarregou-se de engolir e esconder e fazer de conta que nada viu, somente algumas toras de madeiras imputrescíveis, que serviam como bases das casas – piranheira, piquiá, paracauuba ficaram de bubuia sob o comando e o destino da correnteza do rio Negro. E essa também era a certeza que O homem do rio já havia ampliado a linha d’água no horizonte de Chico Bacurau. Pode-se afirmar que a sua vida foi o antes e o depois deste filme.

Abrindo uma manuseada bíblia sagrada ele mostra um maço amarrotado dos
cigarros da marca Gitanes: “É dos gringos”, diz. Quando menino íamos passear no Porto Flutuante de Manaus, o Roadway – “o rodo”, buscar ou levar algum parente ou mesmo visitar um grande navio estrangeiro; aproveitávamos então para ficar debruçados espiando aquele mundão das águas negras e apreciar os botos boiarem feito mistério: “Essas águas, para onde vão quando o rio Negro faz a vazante? Seria como a vida, nascemos, crescemos e morremos, mas quanta besteira. Vive-se só pra isso, morrer?”
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Sábado, Março 07, 2009
CRÔNICA ROMÂNTICA DE ADEUS AO ROADWAY (PE. LUÍS RUAS)



Posto que, sendo porto,
Sempre foste caminho de partida
Ou barco de ferro e pinho
Que os ingleses ancoraram
Nas margens do rio Negro.
Era "roadway" britânico caminho
Flutuando
Nas índias águas do rio
Que viu, espantando, surgir
No meio da selva bruta
Onde ainda ecoavam nítidos
Os rudes sons dos Manaus,
Uma clareira de sonhos,
De látex e de libras esterlinhas.
Foste "roadway" e ródo"
Mas, posto que sempre foste
Porto - caminho de partida
Também foste caminho de chegada.
(De chegada mais, talvez, que de partida).
Pela ponte de pinho
Louro e de negro ferro
Legiões de marujos desfilaram
E de artistas, empresários e turistas
De além - mar chegados, fascinados
Pelo encanto da floresta - mãe
Onde se arrancava da tetas vegetais
O leite branco que se mudava em ouro
Francesas, espanholas e polacas,
Para gozar nas camas dos bordéis
O ouro fácil em que se transmudara o sangue, o suor, a febre delirante Dos seringueiros - párias do Nordeste.
E foi por tua ponte flutuante
Que chegaram as "levas" nordestinas
Dos "brabos" , dos "soldados da borracha"
Que seguiam encantados, enganados,
Para os :"centros" - distantes seringais
Do Purús, Acre, Madeira e Juruá
Onde findavam - finavam - escravizados.
Passarelas de dor e sofrimento!
Passarela de luxo, amor e sonho!
No teu ritmo binário que acompanha
O ritmo binário deste rio
Que todo ano sempre sobe e desce,
Também foste termômetro da morte e da vida que todas as enchentes
E vazantes ofertam fatalmente
Aos homens e as mulheres ribeirinhos
E às roças e animais da várzea.
Mas, que importa!
Ficaste,
Flutuante
Lembrança de um tempo que ficou, também, em vários outros monumentos
Erguidos sobre as bases do martítio
De milhares, devorados pela selva
E pela ambição do lucro fácil.
Que importa!
Ancorado ficaste tanto tempo
Mas, também, nas páginas da história de um povo que, aqui nesta cidade Dos extintos Manau sempre viveu
A longa espera de um amanhã melhor.
Caminho da terra para a água;
Caminho da cidade para o rio;
E caminho do rio para o mar;
No macio balanço da tua ponte
Todos nós de Manaus, em ti, deixamos
Uma pegada da vida que partimos
Dentro em pouco será simples lembrança,
Pois, tuas linhas arquitetônicas serão
Destruídas, apagadas, distorcidas
Em nome de um progresso que une poucos
Gozarão.
Toda a história se repete.
"Roadway"dos ingleses engenheiros
Ou "ródo" dos caboclos de Manaus!
Aqui fica este adeus de quem te viu, menino
E, por ti - uma vez - partiu sonhando
Os mais belos sonhos que quer sonhar eu pude.
Adeus, velho roadway flutuante,
Docemente embalado pelos rítmos
Das morenas águas do rio negro.
É Chegado teu fim.
Exige-a assim este rude imperativo do progresso.
Mas, em mim, como te vi, hás de ficar;
Dourado pelos raios do sol quente
Ou banhado pelas pratas do luar.

O presente texto decorre do original localizado nos arquivos da Secretaria de Estado da Cultura, Turismo e Desporto (1999). Julga-se ser primeira edição e serve para homenagear o ilustre religioso, professor, escultor e filósofo.

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VILA DE PARICATUBA







A Vila de Paricatuba, está localizada no Município de Iranduba, próximo à Manaus, 40 minutos via terrestre pela AM-070, estrada Manoel Urbano e também por via fluvial, 30 minutos em lancha rápida (margem direita do Rio Negro). Foi concebida como hospedaria para imigrantes italianos e funcionou como Liceu de Artes e Oficios de padres franceses, Casa de Detencão, Hospital para hansenianos, área de lazer para visitantes do Rio Negro, turistas mundanos e aventureiros dispersos; Paricatuba é parte substancial do Amazonas e vocë nao pode deixar de conhece-la!
Sintese histórica e cronologia
1898 - O Governo do Estado inicia a construcao de uma grande hospedaria para imigrantes italianos, logo depois é abandonada;
1900 - O Governador Constantino Nery oferece o proprio de Paricatuba para a instalacao de uma obra (missao educacional);
1904/5 - Os espiritanos franceses aceitam a proposta da criacao de uma escola agricola e profissionalizante;
1905 - Reforma do Prédio;
1906 - Inauguracao do Instituto Afonso Pena, Liceu de Artes e Oficios, com a presenca do Presidente do Brasil Dr. Afonso Pena;
1924 - Por decreto do entao Governador em exercicio, Dr. Turiano Chaves Meira faz a entrega do proprio de Paricatuba para a Profilaxia Rural do Amazonas instalar um leprosario;
1925 - Termino das obras do leprosario, inicio do acolhimento dos leprosos e visita do embaixador do Japao;
1930 - Transferencia compulsória de todos os leprosos registrados na PRA para Paricatuba;
1962 - Inicio da transferencia dos leprosos para a Colonia Antonio Aleixo (em Manaus) após a destruicao das edificacoes de Paricatuba;
1970 - Instala-se em Paricatuba uma missao religiosa chamada Missao Pistoia, da Igreja Catolica, com missionarios italianos liderados pelo Pe. Humberto Guidotti;
1984 - A Missao Pistoia reconstroi parte do prédio de Pariticatuba e equipamentos comunitarios;
1992 - Abertura da estrada de acesso a Paricatuba;
2001 - A Prefeitura Municipal de Iranduba cria uma Secretaria de Turismo e Meio Ambiente.
Grupo de Condutores de Paricatuba - Apoio: Manoa Turismo, Design A + e Grupo Mamulengo ( Paulo Tasso e Dona Ro).

Fotos:
Lago de Paricatuba;
Paulo Mamulengo - O mais ilustre morador de Paricatuba;
Rochinha pilotando o Barco Consciência;
Barco da Comunidade.


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Sexta-feira, Março 06, 2009
8 DE MARÇO - DIA INTERNACIONAL DA MULHER













MUITAS LUTAS E UMA PRIORIDADE A defesa da autonomia e do direito à liberdade para todas as mulheres. Este ano,mais uma vez, disputaremos o 8 de Março com o mercado (que promove o consumo) e os governos (cada vez com maior número de eventos alusivos ao Dia Internacional da Mulher, desvinculados das verdadeiras reivindicações dos movimentos sociais).No cenário atual, marcado pelo aprofundamento da crise financeira iniciada nos EUA, as mulheres estão na linha de frente dos segmentos afetados pelas consequências da referida crise.Somos trabalhadoras, donas-de-casa, dirigentes sindicais e lideranças de inúmeros movimentos e organizações. Queremos mobilizar todos os segmentos, nesta data, para defender bandeiras de lutas que respondem às demandas mais importantes na atual conjuntura. Nossas prioridades são:- O fim da criminalização do aborto.- A defesa das mulheres no mundo do trabalho e no contexto da crise financeira mundial.- A defesa dos mecanismos de políticas para mulheres. A Central Única dos Trabalhadores - CUT, e Articulação de Mulheres do Amazonas - AMA, convidam todos(as) a participar dos eventos comemorativos do Dia Internacional da Mulher - 8 de Março.



PROGRAMAÇÃO


DIA 06
15hs - Praça da Matriz - Concentração
16hs - Apresentações Grupo Cultural Afro-ameríndio - Axé, Capoeira e Maculelê.Coletivo Feminista Epoiam Ari Poriá - Show de hip hop
18hs - caminhada subindo a Eduardo Ribeiro até a Praça do Congresso.

DIA 07
Atividades do Coletivo Apoiam Ari Poriá.
9hs - Grafitagem com o tema “Violência Contra a Mulher”Local: Djalma Batista (Entre ruas João Valério e Acre).
17hs - Campeonato de Skate - Parque dos Bilhares.

DIA 08
Manifestação na Ponta Negra.
9hs - Concentração em frente ao terminal da linha 120.
11hs - Ato púbico

Promoção:
Articulação de Mulheres do Amazonas - Socorro Papoula
Central única dos Trabalhadores


Fotos: mulheres guerreiras amazonenses


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Quarta-feira, Março 04, 2009
O DISCO DE VINIL ESTÁ VOLTANDO!


O vinil está voltando para o deleite dos aficionados neste tipo de suporte. O Ministério da Cultura está incentivando a produção no Brasil, através da gravação de músicas populares e dos arquivos da Funarte e do Iphan, com o objetivo de estimular uma mídia que possibilite novas experiências e a própria divulgação do Brasil no exterior.


Sempre ouvi falar que no Brasil não prensava mais o vinil, ledo engano, existe uma fábrica no Rio de Janeiro, na Baixa Fluminense, segundo um dos técnicos da empresa o Sr. William de Carvalho “A empresa passa por dificuldades financeiras e que atualmente vende apenas cerca de 23 mil cópias por ano, a maioria, cerca de 80%, de bandas de rock independentes. Muitas dessas bandas, ou de pessoal que gosta desse som, querem ouvir as músicas em vinil, apesar da qualidade do som ser aparentemente pior, a música acaba sendo mais fiel ao som original, com mais clareza nos graves, por exemplo".

Lembro da minha adolescência, quando adquiri o meu primeiro 3 em 1 da marca Sonyo, depois comprei um mais possante da marca Sony, o rock corria solto! O meu pai simplesmente odiava música estrangeira; certa vez, no aniversário da minha irmã, estavam todos dançado ao ritmo dos Rollys Stones, quando o velho surgiu do nada, parou o som, deu um grande “ralho”: - Vocês nem sambem o que eles estão cantando, não entendem patavina de inglês, devem ouvir é uma música brasileira - e colocou um vinil do Nelson Gonçalves, foi um balde de água fria, a negada se mandou!

Quando adulto, comprei um som modular da marca Sansuy, era composto de duas caixas, um Tape Deck, um Receiver, um Módulo de Madeira e um Toca Disco; curti durante vários anos meus vinis. Os meus filhos pequenos tentavam de todas as formas detonar o meu som, foi um martírio! Com o passar do tempo, surgiram os equipamentos compactos e digitais - fui na conversa da mulher, achava o meu som um trambolho e que ocupava muito espaço do nosso apartamento - troquei por um pequeno Akai. Adeus Toca Disco e Vinis, tenho raiva até hoje! Encontrei uma loja, no centro de Manaus, que tem no estoque umas três peças de 3 em 1, vou lá comprar o meu!

Ainda conservo alguns vinis, tais como: Gal Costa (Baby), Emilio Santiago (Aquarela Brasileira III), Guilherme Arantes (Calor), Evandro do Bandolim (...E o Choro Continua), Jacob do Bandolim & Waldir Azevedo (III), Anísio Silva e Orlando Dias (O Astro), Richard Clayderman (Emoções), dentre outros. Recentemente, recebi do meu amigo Raimundo, administrador do Conjunto dos Jornalistas, com uma dúzia de vinis, dente eles: John Barry (Somewhere In Time), Puccini (Madama Butterfly), Mantovani (Itália Mia), Rachmanivou (The Four Piano Concertos).


Tenho vários amigos que ainda conservam os seus vinis - o Beto dos Embaixadores, possui uns três mil, a Dona Rosangela e o Paulo Mamulengo, possuem algumas raridades (já ouvi alguns rocks rural), o Armando Soares, perdeu as contas (nas sextas-feiras ouvimos muita MPB da coleção do portuga). Encontramos vinil de 1 real no sebo da Feira da Eduardo Ribeiro; tem um sujeito chamado Carlos Câmara, criou todos os filhos com a renda da venda de vinil, até hoje poderemos encontrá-lo em frente ao Mercado Municipal Adolpho Lisboa, vendendo os seus vinis e fita cassete, é mole! Existe um bar “pé sujo” chamado por “Casa do Terror”, o proprietário roda muito discos do Valdique Soriano, Aguinaldo Timoteo, Ângela Maria e companhia. Os “botequeiros” de Manaus conhecem um vendedor de discos chamado Leandro Grande Circular – vendeu o vinil durante décadas, relutou em trocar pelo CD, com certeza terá o maior prazer em voltar a vender as “bolachas” quando forem novamente prensadas.

Estou recebendo doações de vinis, pode escrever que eu irei correndo apanha-los. O vinil voltará com certeza! Não sei quando! Vamos esperar e curtir os que ainda restaram.

Vamos conhecer um pouco mais do Disco de Vinil:

Disco de vinil
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Disco de vinil, ou simplesmente Vinil ou ainda Long Play (abreviatura LP), ou coloquialmente bolachão é uma mídia desenvolvida no início da década de 1950 para a reprodução musical, que usava um material plástico chamado vinil.
Trata-se uma bolacha de material plástico, usualmente de cor preta, que registra informações de áudio, as quais podem ser reproduzidas através de um toca-discos. O disco de vinil possui micro-sulcos ou ranhuras em forma espiralada que conduzem a agulha do toca-discos da borda externa até o centro no sentido horário. Trata-se de uma gravação analógica, mecânica. Esses sulcos são microscópicos e fazem a agulha vibrar, essa vibração é transformada em sinal elétrico e por fim amplificado e transformado em som audível (música).
O vinil é um tipo de plástico muito delicado e qualquer arranhão pode comprometer a qualidade sonora. Os discos precisam constantemente ser limpos e estar sempre livres de poeira, ser guardados sempre na posição vertical e dentro de sua capa e envelope de proteção. A poeira é o pior inimigo do vinil pois funciona como um abrasivo, danificando tanto o disco como a agulha.

História
O disco de vinil surgiu no ano de 1948, tornando obsoletos os antigos discos de goma-laca de 78 rotações, que até então eram utilizados. Os discos de vinil são mais leves, mais maleáveis e resistentes a choques, quedas e manuseio. Mas são melhores principalmente pela reprodução de um número maior de músicas (ao invés de uma canção por face do disco) e finalmente pela sua excelente qualidade sonora.

A partir do final da década de 1980 e início da década de 1990, a invenção dos compact discs (CDs) prometeu maior capacidade, durabilidade e clareza sonora, sem chiados, fazendo os discos de vinil ficarem obsoletos e desaparecerem quase por completo no fim do Século XX. No Brasil, os LPs em escala comercial foram comercializados até meados de 2001.
Com o fim da venda comercial dos discos de vinil , alguns audiófilos preferem o vinil, dizendo ser um meio de armazenamento mais fiel que o CD e é curioso que a FNAC e outras lojas da especialidade ainda têm uma pequena seção com discos em vinil que são ainda hoje editadas por alguns ( muito poucos) artistas/bandas.
Durante o seu apogeu, os discos de vinil foram produzidos sob diferentes formatos:
LP: abreviatura do inglês Long Play (conhecido na indústria como, Twelve inches--- ou, "12 polegadas" (em português) ). Disco com 31 cm de diametro que era tocado a 33 1/3 rotações por minuto. A sua capacidade normal era de cerca de 20 minutos por lado. O formato LP era utilizado, usualmente, para a comercialização de álbuns completos. Nota-se a diferença entre as primeiras gerações dos LPs que foram gravadas a 78 RPM (rotações por minuto).
EP: abreviatura do inglês Extended Play. Disco com 17 cm de diametro e que era tocado, normalmente, a 45 RPM. A sua capacidade normal era de cerca de 8 minutos por lado. O EP normalmente continha em torno de quatro faixas.
Single ou compacto simples: abreviatura do inglês Single Play (também conhecido como, seven inches---ou, "7 polegadas" (em português) ); ou como compacto simples. Disco com 17 cm de diametro, tocado usualmente a 45 RPM (no Brasil, a 33 1/3 RPM). A sua capacidade normal rondava os 4 minutos por lado. O single era geralmente empregado para a difusão das músicas de trabalho de um álbum completo a ser posteriormente lançado .
Máxi: abreviatura do inglês Maxi Single. Disco com 31 cm de diametro e que era tocado a 45 RPM. A sua capacidade era de cerca de 12 minutos por lado

LP, CD e Single
Os discos de goma-laca de 78 rotações, foram substituídos pelo LP. Depois o CD tomou o lugar de destaque do LP, pois teve ampla aceitação devido sua praticidade, seu tamanho reduzido e som livre de ruídos. A propaganda do CD previa o fim inevitável do LP, que é de manuseio difícil e delicado.
Certos entusiastas defendem a superioridade do vinil em relação às mídias digitais em geral (CDs, DVDs e outros). O principal argumento utilizado é o de que as gravações em meio digital cortam as freqüências sonoras mais altas e baixas, eliminando harmônicos, ecos e batidas graves e "naturalidade" e espacialidade do som. No entanto estas justificativas não são tecnicamente infundadas, visto que a faixa dinâmica e resposta do CD não supera em todos os quesitos as do vinil.
Os defensores do som digital argumentam que a eliminação do ruído (o grande problema do vinil) foi um grande avanço na fidelidade das gravações. Os problemas mais graves encontrados com o CD no início também foram aos poucos sendo solucionados. O sucessor do CD, o DVD-Audio, oferece fidelidade superior ao CD, apesar de sua baixa penetração no mercado a início.
Até hoje se fabricam LPs e toca-discos, que ainda são objetos de relíquia e estima para audiófilos e entusiastas de música em geral.
Uma curiosidade: o disco de vinil não precisa de um aparelho de som propriamente para ser "tocado". Experimente colocar o disco rodando na vitrola, sem áudio, com as caixas de som desligadas. Você conseguirá ouvir o disco, pois seu princípio de funcionamento se baseia na vibração da agulha no sulco (espiralado, como um velodromo, tendendo ao infinito como uma linha reta) dentro das ranhuras, que nada mais são do que a representação freqüencial do áudio em questão.
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Terça-feira, Março 03, 2009
SAUDADE - Poema de Carlos Simões

Homenagem do Carlos Simões (cantor, compositor, instrumentista e poeta) ao amigo Estevão Santos (cantor e instrumentista).

Aparecida clamou a soluçar chorou
Aparecida a sofre de lutou chorou
Com lágrimas sentida derramada de dor
Com a notícia de aflição, de lamento sofredor
O nosso grande amigo morreu
Estevinho, nosso querido trovador
Estevinho era amigo dos amigos
Abraçava com carinho e sinceridade e ardor
Estevinho era um bom cantor
Cantava Zingara com sentimento e amor
Gostava, adorava a musa era sua paixão
Cantava com sabedoria e inspiração
Ao som do plangente violão
O pinho chorava era consolação
A turma lamenta sua ausência
A reunião do jogo da brincadeira de fidelidade
Era só alegria, boêmia, amizade, confraternização
Era a festa de grande união
No glorioso bar do seu João benquisto cidadão
Estevinho partiu deixou a saudade
Foi bem-vindo no céu adorado
De flores, rosas de perfume abençoado
Céu lindo, colorido e amado
Estevinho é iluminado com a luz de Jesus
Com a benção e proteção de Deus
Poema fiel de saudade
Saudoso amigo adeus.



Foto do Carlos Simões: José Martins Rocha
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PORTO DAS LAJES

From: dimi@argo.com.brTo: jmartinsrocha@hotmail.comDate: Mon, 2 Mar 2009 17:30:45 -0400Subject: PORTO DAS LAJES


Prezado Amigo Rochinha (permita-me chama-lo de amigo rochinha)

Assunto "Porto das Lajes"

Meu nome Edmilson Carvalho, amazonense, 64 anos de idade, do Bairro da Cachoeirinha, meu telefones de contato 9981-7188.

O meu ramo de negocio foi sempre relacionado ao setor de Navegação, Portuário e Transportes de Combustíveis, meu currículo é muito pequeno, trabalhei por aproximadamente 28 anos na Soc. Fogás e desde cedo sempre tive como se diz na gira na beira do Rio, foi trabalhando como cubagem na Serraria dos Pereira, ali na Colônia Oliveira Machado, em alguns tempo trabalhando ainda jovem nos Estaleiros do Caxangá do saudoso Nilo Tavares Coutinho, após esses anos montei uma empresa que está ligada a navegação e sistema portuário....como se diz na gíria sou do "beiradão”.

Como em seu blog o qual me deliciei com aquelas fotos da nossa Manaus Antiga, e plagiando a Rede Globo no sistema da telemartugia "vale a pena ver de novo" tá de parabéns o seu blog.

Neste domingo dia 01 de Março observei que todos estão ligado em um só pensamento em não permitir a construção do Porto das Lajes, quero deixar bem claro que não tenho procuração de tal Empresa, mais tem sido um tema discutido com muita amplitude e inclusive no seu blog você faz alguns comentários, ontem também na coluna de A Critica, o Escritor Márcio Souza tece alguns comentários a respeito, do mesmo modo o Sr. Joaquim Marinho em programa de radio local e o cientista ou ambientalista Sr. Rogélio Casado, e alem de alguns religiosos que fazem a passeata e a ultima feita eu estive presente como observador e conversando com alguns participantes, eles não estão muito convicto de que estão querendo, até me lembrou uma velha brincadeira falada entre amigos “eu não quero saber quem morreu, eu quero é chorar”.

Rocha, não sei se você tem conhecimento dos imbróglio que envolve negocio portuário no Estado do Amazonas, mais creia que isso vem do tempo do Governador Eduardo Ribeiro, a historia diz que parece até que foi uma das causas que morreu o Gov. Eduardo Ribeiro....eu sou velho mais o que sei, foi lendo e pesquisando e escutando Historiadores como o saudoso Mario Ypiranga e brilhantissima Profa.. Etelvina Garcia e o Professor Samuel Benchimol (nosso mestre)

Nunca os governantes que sucederam o Sr Eduardo Ribeiro, e até os dias hoje tiveram uma preocupação em organizar esse setor, ao contrario houve muita pressão em cima dos Empresários, A Empresa Superterminais viveu problemas e muitas dificuldades para levar o projeto pra frente, a Equatorial Transportes foi perseguida implacavelmente até que desistiu da empreitada, em seguida o Terminal do Chibatão, localizado na Colônia Oliveira Machado, um bonito complexo portuário inclusive volta e meia serve para filmes documentários tanto da Suframa como do Governo do Estado, e até da Prefeitura Municipal de Manaus e vi muito as vinhetas de programas políticos aparecer o Porto Chibatão.

Mais Amigo Rocha a onde estava a voz do Escritor Marcio Sousa, do Dr. Rogélio Casado, do Francisco Marinho, e outros ambientalista em relação ao que fizeram do nosso Porto de Manaus, que foi entregue de mão beijada a um grupo e que nada fizeram, ninguém esta levantando nenhuma bandeira , ninguém grita, o nosso maior patrimônio histórico o Porto de Manaus e suas adjacências está servindo para centro da marginalidade, venda de drogas e prostituição , a sujeira naquela área é a recepção dos turistas que chegam a nossa cidade, aquilo ali sim dá pena. Felizmente tive uma noticia que nem você e nem o Escritor Marcio Souza e Sr. Rogelio Casado e Francisco Marinho saibam, o Porto de Manaus está sendo repassado para uma empresa de nome SOCICAM e a onde a mesma atua ela desenvolve um serviço de qualidade, hoje essa Empresa atua nos maiores Terminais Rodoviários e hidroviários do Brasil vai ser bem vinda tomara que não encontre dificuldades, essa tem nome, como a lajes Logística, que é oriunda do Grupo Lon guin e Vale do Rio Doce, e a empresa não é forasteira, pois existe participação de capital de uma empresa genuinamente amazonense.

Rocha, uma empresa que se dispões a gastar 250 milhões de reais na implantação de uma obra desse porte, sem ser dinheiro publico, dinheiro da própria empresa, pelo menos e o que tenho lido, a empresa não veio para jogar dinheiro fora. Agora concordo que todos nós amazonenses ou não escritores e ambientalista tem de sentar na mesma mesa com o pessoal da Empresa e ver na pratica o que eles de fato querem fazer, vai comprometer a natureza... A minha surpresa é que ainda não presenciei ninguém na Audiência Publica. Ficar falando que vai tirar o visual do Encontro das Águas, isso tem de ser questionado, pode até formarem um grupo de fiscais desse pessoal que está combatendo a construção participar. Lembrem todos vocês que a má administração publica foi que acabou com nosso Porto Publico veja que os terminais particulares hoje existentes tem uma administração profissional, não é como se viu, e é de seu conhecimento a rotatividade de administradores no Porto de Manaus, o fim foi esse.............finalizando Amigo Rocha, temos de deixar de lado um pouco a construção do porto das lajes e ficar de olho na derrubada do Estádio Vivaldo Lima, envolveu governo,eu já fico com o pé atrás, talvez porque a minha vida toda foi na iniciativa privada a onde tive um ensinamento muito grande no Grupo Bemol/Fogás, nosso porto publico tá acabado, destruído, eu lhe garanto que a culpa não é minha nem sua, mais alguém colaborou para isso...Imagine o amigo se não fosse o porto da iniciativa privada, na tão falada Zona Franca, que hoje está completando 42 anos....e bom pensar muito nisso, temos o direito de conhecer o projeto e podemos até pedir a colaboração de equipe especializada no assunto.


Atenciosamente. mais uma vez parabéns pelo "blog" da saudade.


De: JOSE MARTINS [mailto:jmartinsrocha@hotmail.com] Enviada em: segunda-feira, 2 de março de 2009 22:13Para: dimi@argo.com.brAssunto: RE: PORTO DAS LAJES
Prezado amigo Edmilson Carvalho,
Muito obrigado pelos esclarecimentos a respeito do projeto de construção do Porto das Lajes e da situação terrível em que se encontra o Porto de Manaus. Eu não sou do ramo da navegação, porém, sou um cidadão amazonense preocupado com os destinos da nossa cidade, do Amazonas, do Brasil e do planeta terra. Dessa forma, abordo vários temas em nosso humilde blog, todos voltados para o bem-estar das pessoas, respeito ao patrimônio público, desenvolvimento com reverência ao meio ambiente, preservação da nossa cultura, etc.
Com relação ao Porto de Manaus, faço mensalmente comentários sobre destruição do nosso "Rodoway", efetuo postagens de fotos das "cascas" dos casarios que ficam no entorno do prédio e externo a minha revolta com os desmandos do grupo que se apoderou do Porto.
Fazemos parte da Associação dos Amigos de Manaus - AMANA, criada exatamente para combater esses empresários inescrupulosos, que querem o crescimento dos seus negócios a qualquer preço, sem preocupação com o meio ambiente, com o patrimônio histórico e com o futuro dos nossos filhos e netos. Não somos de forma alguma contrários ao crescimento e ao desenvolvimento econômico do nosso Estado, muito pelo contrário, somos engajados em uma luta de esclarecimentos e conscientização aos empresários, para que cresçam, criem empregos e rendas para os nossos irmãos amazonenses, mas com RESPEITO AO HOMEM E AO MEIO AMBIENTE! A nossa luta não é contra o Porto das Lajes, mas CONTRA O LOCAL onde pretendem instalar esse mega projeto; lutamos para preservar a comunidade e o Lago do Aleixo (Pedreiras), o futuro sistema de capação de água para a zona leste da cidade, o encontro das águas, a reserva particular Nossa Senhora das Lajes, a fauna, a flora e, acima de tudo O BEM ESTAR DAS PESSOAS QUE MORAM NAQUELE LUGAR! Sabemos que o capital advém 20% do Grupo Simões (respeitados empresários amazonenses) e o restante de um poderoso grupo italiano, não somos contra os R$ 250 milhões que serão investidos no projeto.
A sociedade civil organizada deve ser ouvida e respeitada, dessa forma, o radialista, o médico, o escritor famoso e esse humilde escriba são apenas uma gota d'água no Rio Negro, mas nos sentimos lisonjeados em sermos citados gentilmente pelo empresário amazonense Edmilson Carvalho. Amigo Edmilson, achei sensacional o teu e-mail, caso for autorizado, terei o maior prazer de publicá-lo juntamente com a minha resposta.
Um abraço do tamanho Amazônia!
José Martins Rocha

Prezado Amigo J. Rocha

Em primeiro lugar pode publicar no seu blog os e-mails e meus humildes depoimentos a respeito da nossa terra, afinal de conta tudo que se fala a respeito de nossa terra sendo verdade eu elogio e até as criticas também apoio, e se falar mau eu tendo argumento, questiono, e nos filho dessa terra de Ajuricaba temos de bater de frente para certas coisas que às vezes querem nos empurrar de goela abaixo.

Eu sem prometer vou tentar junto aos dirigentes dessa empresa empenhada em construir esse mega projeto, é preciso que você, o Marcio Sousa, o Joaquim Marinho e outras pessoas como nós tenhamos acesso ao assunto do projeto e peça deles uma mesa redonda e que podemos sentar sem que ninguém leve rancores ou radicalismo relativo à nossa cultura e as nossas coisas.

Eu também me considero uma gota d água no oceano, mais sempre que posso faço carta, passo e-mail, envio fax, recentemente Rocha acompanhei um grupo que está sendo formado pelo pessoal da UFAM, no que diz respeito à nossa navegação e sistema de construção de embarcação, eu sei mais um pouco pela convivência de 40 anos vivendo esse ramo de negócios. Mais no meu ponto de vista o grupo de trabalho formado pôr pessoas que não as mínimas condições de opinar, eu fui até convidado deforma não oficial, mais declinei por ver no grupo, pessoas oriunda de politicagem, querendo inventar e com idéias de "jerico" nada pessoal contra a deputada Federal Vanessa e o representante do Ministério do Transportes, Sr. Pedro Carvalho, e minha experiência diz que você deve ouvir opiniões e todas elas devem ser analisadas.

Eu emitir a minha opinião, em vez deste grupo de trabalho querer inovar. Bastava ir a Jaú no Estado de São Paulo e copiar a FATECH - Faculdade de Tecnologia Ciências Hidrográfica, a faculdade forma os alunos a setor de navegação e hidrovias, essa era a primeira sugestão, a segunda foi um projeto desenvolvido pelo Governo do Maranhão, com uma escola dos moldes de Escola Técnica Naval, que ensina e dar prioridade aos filhos dos bons mestres de construção naval, dar ensinamento de navegação. O Projeto está pronto é só copiar, e tem sido elogiado por todos que lá visitam, recentemente o Ministro da Educação, derramou de elogios o projeto. Agora querer esperar um estudo com alguns participantes desse grupo de trabalho, eu sinceramente não acredito, até porque tem gente que já desempenhou papel em instituição e não teve muito êxito.

Rocha, o que vou narrar para você, não é nenhuma novidade para quem conhece geografia, o Estado do Amazonas tem a maior bacia hidrográfica do Planeta, onde está a nossa faculdade de tecnologia ou então eu até aplaudia a idéia se o grupo de trabalho estivesse pedindo ao Governo que abrisse o curso de engenharia naval, os que temos aqui em numero de 04 ou 05 sendo que alguns são as vezes contratados por empresas. Em Belém houve uma pressão muito grande de um grupo de aluno e a Universidade do Pará, acatou e agora nesse próximo final de ano forma a primeira turma, pelo menos se não houver desistência o mercado recebe uns doze engenheiros.

Voltando ao assunto Porto das Lajes, eu discordo mais vou primeiro pesquisar a respeito da lajes, ser de capital italiano, o que é do meu conhecimento a lajes Logística vem de um conglomerado de empresas que tem como principal acionista a loguin, Empresa de Navegação de Cabotagem e longo curso, sendo uma das maiores acionista a Vale do Rio Doce. E seus projetos como da Petrobras tem um cuidado muito especial pelo meio ambiente, mais seria interessante todos vocês conhecerem o projeto que ainda está no papel. Podemos até não sermos um expert de conhecimento do projeto mais não somos leigos. Por conta própria e com despesas sempre bancada por mim e minha empresa conheço aproximadamente no Brasil uns 10 terminais portuários atuantes e no exterior uns cinco ou seis, na Holanda e Grécia. Mais não vi muita coisa diferente dos nossos no Brasil, mais copiar o que é bom faz um bem, e evita gastos de dinheiro publico e lambança.

Veja o assunto do transporte coletivo de Manaus, se destruiu uma das coisas mais importante de nossa terra o “bonde" alem de estar hoje resolvendo o problema do transportes no centro da cidade, o preço era o mais justo para nossa população, ai vem o Amazônico, (li nos jornais) que ele que ir no Japão, e o vice deu a idéia do transportes pelo trilho. E muito engraçado.

Essa obra da Ponte do Rio Negro, amigo Rocha diga-me qual o retorno econômico para o Estado, apesar se forem serio podem transformar Iranduba e Manacapuru uma futura Niterói (RJ) , transformando aqueles dois municípios em um pólo naval e industrial de cerâmicas. Agora fica de olho na especulação imobiliária e no Pedágio da Ponte, acho que você e nossos prezados amigos ainda não atentaram para isso.

A obra da Br 319, se o Ministro tivesse conhecido essa rodovia desde o inicio do caminho das obras e a construção da mesmo ano 70, eu não insistiria tanto nessa grana toda que vai ser jogada lá, eu conheci a construção dessa Br, pelo motivo de trabalhar na Fogás e na época os acampamentos eram da Andrade Gutierrez e nos, volta e meia fazíamos o transportes do produto e vivamos em contato com a Empresa e o pessoal do 5º Bec , fiz o percurso de porto velho a Manaus e vice versa diversas vezes. Para quem não sabe os Engenheiros da época falavam em um erro de projeto e estratégica da Rodovia, que era uma reta de aproximadamente 200 km (se não me falha a memória) e isso numa rodovia é fatal, eu aqui estou reproduzindo o que eu ouvi. Então o Ministro Alfredo teima em querer recuperar a mesma. Não vai trazer vantagens nenhuma para ambos estados e o desperdício de recursos públicos, está provado que seria muito mais proveitoso melhorar as condições do Rio Madeira. Essa hidrovia e a nossa saída, e está provado pelos melhores economistas conceituado do mundo que o valor do transporte hidroviário e o mais barato do mundo, fazer uma rodovia e gastar os tubos de dinheiro para reduzir depois o peso dos veículos , seria uma rodovia para turismo e assim mesmo muito pouco, depois que a Gol , TAM, Ocenair e agora Azul , fazendo viagem de 150 reais ninguém vai se aventurar na estrada longa com duas ou três travessia. A BR 174 esta ai, e quanto os prejuízos quem pode falar do assunto é empresa EUCATUR que tem deixado a Rodoviária com até 08 passageiros....Eu sempre digo que para Engenharia a Natureza não é a principal dificuldades, mais sim a teimosia dos homens e o dinheiro. Se tiver dinheiro ele faz e a Br vai cair de novo, anote ai, e a grana para manutenção da mesma.....agora se a mesma for descartável para 2010 tudo bem .


Rocha ...Boa tarde e um abraço. entre no site da nossa empresa, www.rentequiponaval.com.br ,

Edmilson Carvalho.




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Segunda-feira, Março 02, 2009
COISAS DA NOSSA ÉPOCA

Ferro de Engomar a Carvão, Pilão, Fogareiro, Fogão a Lenha, Leiteira, Bacia, Forma de Bolo, Geladeira a Querosene, Vitrola Hi-Fi Nivico, Vinil, Cacimba, Cuia, Lata de Lixo, Aladim, Lamparina, Candeeiro, Abano, Chapéu de Palha, Penico, Cristaleira, Cuspideira, Batedeira, Enceradeira, Rádio a Válvulas, Picho de Pé, Frieira, Lombriga, Piolho, Sarampo, Catapora, Curuba, Mau Olhado, Espinhela Caída, Benzedeira, Rezadeira, Parteira, Madrinha de Fogueira, Lavagem, Cibalena, Melhoral, Jalapa Pião, Elixir Paregórico, Limonada Bezerra, Leite de Magnésia, Mamona, Capim Santo, Garrafada, Amassadeira, Barra Bandeira, Bola de Gude, Papagaio de Papel, Balão, Escapole-Bate-e-Fica, Estátua, Macaca, Queimado, Cemitério, Boi de Pano, Quadriha, Mocegar Carroça, Patinete, Velocípede, Papagaio Louro, Cachorro Vira Lata, Galinha de Terreiro, Peneira, Cesto, Rede de Dormir, Balaio, Canoa, Bote, Manga Rosa, Manguita, Sapotilha, Jaca, Fruta Pão, Ingá, Bolinho de Feijão, Bolacha da Modelo, Coalhada, Cascalho, Cuscuz, Pé de Moleque, Paçoca, Filhós, Tábua de Pirulito, Garapa, Ki-Suque, Alfenim, Refresco, Chinela, Conga, Kichuete, Brilhantina, Pente Flamengo, Leite Rosa, Laquê, Pó de Arroz, Seiva de Alfazema, Corpete, Espartilho, Anágua, Suspensório, Cueca de Copinho, Camisa Volta ao Mundo, Sapato de Cromo Alemão, Calça de Tergal, Minancora, Detefon, Formicida Tatu, Creolina, Tinteiro, Papel Almaço, Cartolina, Máquina de Escrever, Lápis Colorido, Mimeografo, Caderno de Caligrafia, Lancheira, Quiosque, Taberna, Sentina, Casinha, Flutuante, Privada, Fossa de Merda, Banjo, Viola, Citara, Tambor, Triangulo, Clarinete.

Falta completar, aceito sugestões!
Colaboração do Edmilson Carvalho - dimi@argo.com.br
Você pede a coloboração de alguns nomes daquela nossa época...você recheiou bem, todos são de meus conhecimentos, mais que vou enumerar aqui vai servir para compor o seu dicionário a moda antiga de Manaus, se não vejamos: ruge, charão, quermesse, dirigio (maconha ) tilota, queima cinza, pedrinho fonfon, azeitona, arrupiado, sete vidas, cigarros Margarida, Gaivota, Astoria, Eldorado, Continental, bola de sernambi, cerôla, falsa bandeira (veado) jogadores Purgante, Pé de cão, caxiri, carrapeta , caveira, boca cheia, padeirinho, pegueite, carrasco, Zé do banjo, cacheado, cangalha. depois eu mando mais....

SEJA BEM VINDO AO BLOG DO FUETH